Hail seus barrigudos!!
Então,
pra tu que fica ai de nhe nhe nhe, que não sai aventura nova para Old Dragon,
já deu uma olhada na nova aventura que vai atormentar suas mesas??
NÂO?? Então, tu ta perdendo seu
bocó!!!
Eu
to falando da aventura quase cenário, A Relíquia do Vale do Trovão, sob autoria
da Franz Andrade e da Elisa Guimarães.
Esta
é uma aventura de 1ª a 3ª nível, mas que vai exigir muita atenção dos teus
jogadores. pq os perigos que espreitam estas terras são capazes de deixar as
brumas de Ravenloft no chinelo.
Aproveita
que está em pré venda, e além de ganhar um descontinho, tu ainda leva o pdf de
grátis.
AIII ZUKAAAA, mas aventura de 3º
nível?? É seu bobão, mas se tu não cuidar, esse teu guerreirinho ai ou maguinho,
vão sofrer, e alguém terá que criar um personagem novoooo.
Resolvi contar
para vocês em um breve relato como foi minha passagem por este lugar, e garanto
a vocês, eu ainda era jovem, mas foi quando ganhei meus primeiros cabelos
brancos.
Meu velho pai,
o grande Zukathorin e Senhor da Montanha Mineral no Balneário de Cambor, sempre
gostou de manter a relação com os parentes a mais próxima possível, mesmo que
eles estivessem a quilômetros de distância.
Eu ainda
estava em treinamento, e meu temperamento de pavio curto era um problema, mas
enfim, meu velho resolveu num belo dia viajar até o Vale do Trovão, eu já tinha
ouvido falar do lugar, a maioria dos guardas e soldados odiava ir para lá,
voltavam exaustos e perturbados, demoravam semanas para se recuperar.
Eu fui chamado
como um dos guardas da escolta como parte do meu treinamento, era uma viajem de
2 semanas, eu estava muito empolgado, um lugar novo e segundo os relatos,
cheios de perigos, eu já havia passado por alguns, mas segundo meus camaradas
nada seria igual a visitar o Vale do Trovão.
Viajamos por
alguns dias, e sempre seguíamos o caminho nos guiando por enormes picos, sempre
envoltos por nuvens de tempestade, que na maioria dos dias pareciam que os
Deuses estavam dando algum tipo de festa dentro delas. A viajem até próximo ao
vale foi tranquila, alguns batedores goblins, e bandidos, nada demais.
Ao longe eu já percebi o porquê do nome do
lugar, os trovões pareciam canhões sendo disparados, muitas vezes não
conseguíamos nem ouvir nossa própria respiração.
Subimos uma
trilha íngreme por meio de rochas negras e escorregadias, do topo podíamos ver
um enorme vale, cercado por uma cadeia de montanhas e no centro um lago, nossa
primeira parada seria em Maral.
Descemos o
caminho e seguimos a estrada lamacenta, paramos no final do dia para descansar,
mas quem disse que isso era possível, desde que entrei no Vale, senti que
estava sendo observado, tive sonhos com criaturas estranhas que muitas vezes me
lembravam polvos ou coisas mais medonhas, e não fui apenas eu, um dos guardas
correu aos gritos floresta a dentro, tivemos que o procurar por horas, mas
infelizmente sem sucesso.
Antes do
nascer do Sol, nosso patriarca ordenou que seguíssemos viajem, e assim fizemos
durante um dia inteiro, até chegar a pequena vila. Ficamos em uma espelunca
chamada Cão de Prata, e o taberneiro me dava arrepios, muito amigável e educado,
o que me dava medo num lugar daqueles.
Ficamos dois
dias ali, e tínhamos mais dois ou três pela frente até chegar ao Forte
Profundo. Na vila ouvi histórias de jovens se afogando, de criaturas e
espíritos que vagam a noite, pra mim nada mais do que contos para crianças
tolas. Mas mesmo dormindo com um teto em minha cabeça, os sonhos continuavam,
cada vez mais perturbadores.
No segundo dia logo cedo partimos para o
Forte, eu já estava farto dessa viajem, me prometeram emoção e até agora meia
dúzia de goblins e um anão bêbado dando problemas. Bom, foi o que pensei, pois naquele
mesmo dia, no final da tarde, quando nos preparávamos para acampar alguns dos
guardas foram até a margem do lago buscar água, e relatam terem visto um vulto
sobre a água, um dos soldados resolveu o seguir e não retornou. Meu pai ordenou
que não ficássemos vagando sozinhos, e que não deveríamos mais procurar os que
partiram.
Pouco tempo
depois, Rubran, que havia sumido no primeiro dia dentro do Vale, retornou com
os olhos esbugalhados, nu e falando em uma língua estranha. O pior de tudo é
que eu já havia ouvido aquilo ante. Nosso clérigo tentou intervir, mas disse
que aquilo se tratava de uma magia antiga, e que tinha a impressão que Moradin
não conseguiria intervir.
Passamos a
noite acordados devido aos gritos de loucura de nosso companheiro, e para
ajudar, a chuva apertou de tal maneira que era difícil até mesmo de ver o
caminho, mas tínhamos que fazer aquela entrega, e logo estaríamos seguros
dentro do Forte. A chuva, o vento foram nossos companheiros durante todo aquele
dia, a noite uma fina camada de névoa se formou.
Com a chegada
da névoa, também chegaram criaturas que pareciam homens e mulheres, com as cabeças
cobertas e os corpos nus. Nos atacaram com violência e com uma força
sobrenatural, mesmo estando bem equipados e armados sofremos baixas, o pior de
todos os momentos foi ver meu pai ser agarrado e arrastado por dois deles,
corri o máximo que podia, mas fui agarrado enquanto levavam meu velho.
Nunca me senti
tão desesperado e enfurecido, desferi um golpe tão forte contra um deles que o
cabo do meu machado quebrou, enquanto a lâmina era enterrada em sua cabeça, a
outra criatura tentou correr, mas me atirei sobre ela e comecei a socar, e
percebi que usavam uma espécie de máscara, tentei faze-lo falar, mas ele só
pronunciava palavras estranhas e coisas sem nexo, então apertei sua cabeça
contra a coxa até sentir seu crânio esmigalhar em minhas mãos.
Agora eu
estava sozinho, em meio a chuva, e com vários corpos a minha volta. Uma fúria
imensa enchia meu peito, andei durante horas seguindo o rastro daqueles vermes,
até chegar a uma pequena caverna, encontrei o martelo de meu pai jogado no
chão, serrei meu punho em torno do cabo e entrei.
Era possível
ouvir gritos e batidas de tambor, a luz de uma fogueira iluminava as paredes,
meu pai estava amarrado de cabeça para baixo e prestes a ser sacrificado em
algum tipo de culto. Não perdi tempo e corri o mais rápido que minhas curtas
pernas podiam, eram pelo menos vinte contra um, abati o máximo que pude até
chegar próximo do meu velho, aqueles debios pareciam assustados, então
aproveitei para desamarrar o patriarca.
Juntos lutamos
contra os que ainda tinham coragem, mas sem esperar que um deles iria ferir
gravemente meu velho nas costelas, mesmo assim ele foi bravo o suficiente para
lutar até derrubarmos o último deles e cair junto no chão.
Carreguei meu
pai por dois dias até a entrada do Forte, peguei caminhos pela floresta e nos
escondíamos nas pedras durante a noite, tive problemas com um ou dois wargs,
mas nada grave.
Fomos
recebidos por Neza, a princesa do Forte e clériga de uma tal de Shub, que
rapidamente prestou os primeiros socorros. Ficamos ali por uma semana, fiz
amizade com a jovem clériga, que nos instruiu a deixar o Vale o mais rápido
possível e nunca mais retornar, e devíamos estar preparados para proteger o
restante do Mundo fora do Vale.
Após
nos recuperarmos fomos escoltados até a cidade mais próxima fora do Vale, jurei
a mim mesmo que nunca mais retornaria para lá, um lugar de loucos e claramente
abandonado pelos Deuses.
Já
fazem alguns anos desde que fui ao Vale do Trovão, e jurei nunca mais retornar.
Porém recebi uma mensagem de Neza, pedindo ajuda, dizendo algo sobre a loucura
do irmão e do pai, e como eu gosto muito de confusão e de uma boa briga, estou
pronto para encarar mais uma visita ao Vale do Trovão.
Entao
pequenos halflings, esse foi um breve relato da minha passagem pelo Vale, e
agora pretendo retornar e viver novas aventuras, mas com um grupo de heróis que
estejam prontos para viver tudo isso. Então aproveitem a pré-venda da aventura
no site da RedBox Editora e vivam está louca jornada comigo, se forem corajosos
o suficiente.
Até mais seus filhotes de uma
goblin gordaaa e bom final de semana.
Show! Curti muito o conto. Bem climático. Parabéns!
ResponderExcluir