quinta-feira, 17 de maio de 2018

O Anão Pergunta - Luiz Claudio




Haoiiii seus sacripantas!

               E ai seus cabeças de bagre, hoje temos mais uma entrevista e ela vem junto com cheiro de rum e agua salgada, está sentindo?? Não? Iiiii tua imaginação está fraca hein.

               Então seus bafos de peixe hoje vocês irão conhecer um pouco mais do meu amigo Luiz Claudio, o autor do primeiro cenário oficial de Thordezilhas e também que junto com o Rafael Beltrame me fizeram sair da caverna e contar minhas aventuras a vocês, então agradeçam este rapaz.

E ai meu amigo Luiz, me fale primeiramente como você conheceu o RPG, quando e de onde tu é.

Salve, poderoso anão entrevistador e todos que estiverem lendo. Eu sou de Campo Grande, zona oeste do Rio de Janeiro. E sinceramente não sei o ano em que comecei a jogar RPG. Acho que foi em 1995. Lembro que comecei a me interessar por uns artigos que saiam aos domingos no jornal O Globo. Aquele foi meu primeiro contato com nosso hobbie.
Agora a paixão mesmo nasceu com “Paranoia”, o primeiro RPG que comprei , mestrei e joguei. Ainda hoje um dos meus jogos prediletos. Muito do que faço é inspirado nesta obra tão magnífica quanto esquecida.

O Thordezilhas surgiu como? Você tomou um porre de rum ou na verdade você é um pirata que se esconde no Rio de Janeiro?

Cara, morando no Rio todo mundo é ou conhece algum pirata! Brincadeira. A ideia foi da minha esposa – namorada na época - que após ver “Piratas do Caribe: Maldição do Pérola Negra” pediu para eu adaptar algo assim para nossa mesa. Durante a pesquisa acabei me apaixonando pelo gênero o que tornou o trabalho ainda mais apaixonado. Buscamos muita inspiração nas obras de Tolkien, Lovecraft, Dumas, Salgari, Swift, Stevenson, Rostand e Sartre.     

Nossa proposta desde o inicio sempre foi desenvolver um mundo de ultra fantasia e nem um pouco histórico. Toda semelhança com o nosso mundo está ali apenas para fazer você entender melhor o cenário. Por exemplo, o reino de Castelha goza da mesma posição geográfica e situação política da Espanha do século XVII; contudo as semelhanças terminam por ai. Castelha de Thordezilhas é uma nação élfica de fanáticos religiosos governados por uma rainha ambígua e poderosa.  Todo o mais no cenário segue essa lógica.

Aqui a magia é real, abundante e intensa. Anões, elfos, halflings e outras criaturas dividem espaço com os humanos. Itens mágicos são vendidos com especiarias. Fenômenos náuticos desconhecidos varrem o oceano com efeitos extraordinários. O heroísmo duela sobre o mastro dos navios e o fantástico se esconde a cada milha.

Você ganhou um concurso da RedBox para publicar o Thordezilhas, como foi participar do concurso e receber a notícia de que você foi o ganhador.

Sinceramente, não acreditei. Achava que o concurso era fraude e que eles já tinham um “pistolão”. Eu não era conhecido de ninguém, não fazia parte de grupo algum e nem tinha um site. Participei na expectativa do fracasso. Se 1d10 pessoas gostassem do projeto eu já estaria no lucro. Claro que tive minhas estratégias: estudei o perfil dos jogadores do OD, apresentei um gênero pouco explorado no Brasil e transformei cada fase em uma historia que terminava em gancho para a próxima. Exatamente como Alexandre Dumas  fez com “Os Três Mosqueteiros”. Ainda assim foi uma surpresa quando chegamos na final. Eu só posso agradecer a galera que escolheu o nosso barquinho. Tudo é feito para eles agora.

Quais são teus projetos futuros para o Old Dragon e para o Thordezilhas? Além de beber muito rum e realizar alguns saques por ai.

Tem um novo livro do Thordezilhas a caminho. Terminei a ultima parte do texto agora a pouco. Existem outros projetos em andamento como um manual de navegação fantástica, a descrição do Novo Mundo, aventuras prontas e um suplemento que estou escrevendo com os Escribas do Fantástico.

Para quem não sabe, Os Escribas do Fantástico são um grupo de amigos que trabalham em conjunto. Um tipo de maçonaria das letras. Atualmente eu e os escribas Rafael Alves, Mônica de Faria e Maurillio Zucatelli estamos desenvolvendo um livro para Thordezilhas. Ainda não posso falar muita coisa, mas o horizonte ainda tem muito por revelar.

Fale um pouco de seus projetos paralelos de RPG.

Recentemente lançamos a versão playtest gratuita do Universo D1 (UD1) um sistema genérico que equilibra a objetividade da matemática com a inventividade da gramática, além de permitir utilizar qualquer tipo de dado.

               Eu e Carlos “Combo” Pereira temos feito varias adaptações para este sistema e em breve estaremos lançando nossos cenários.

Existem outros projetos fora do Thordezilhas. Alguns já em fase avançada de produção. Um deles é OBSCURA, um RPG de horror e investigação que pretendemos lançar em breve. Temos alguns outros projetos, mas ainda não podemos divulgar. Vale conferir nosso trabalho no site UniversosimuladoRPG.

Porra tu vive postando coisas de artes marciais, tu é mestre samurai do que afinal de contas e de onde veia essa veia samurai.

Uma historia complicada. Meu pai foi educado por um samurai que trouxe a tradição para minha família. Assim, pratico artes marciais desde criança e sou formado em algumas delas. Apesar de o treino ser voltado para o combate real e do nosso comprometimento com o Bushido, penso que ser chamado de “samurai” é um exagero.

Vejo a luta como uma forma de continuar vivo - o que no Rio de Janeiro pode ser verdade – minha especialização é defesa pessoal. Temos um pequeno Dojo aqui em Campo Grande onde ensinamos as novas gerações da minha família, além de trabalhar com autodefesa feminina e ajudar uma equipe de MMA.

Já competi muito, mas parei. Hoje a arte marcial é minha religião. Penso no Bushido antes de tomar qualquer decisão moral e todo estratagema, mesmo como escritor, diz respeito ao que aprendo na luta. Como dizemos no treino: “Não existe vida fora do Dojo.”

Com toda essa onda de Ultimo Samurai tu nunca pensou em meter no Thordezilhas um novo continente oriental não? So acho que seria do caralho os piratas voltarem com história de ninjas e homens de armadura.

Sim. Pretendo uma versão oriental do Thordezilhas. Falamos um pouco sobre Chambara - o continente oriental - no primeiro livro e um pouco mais neste novo. Tenho alguns rascunhos sobre o assunto, mas sinto que ainda não acertei o tom. O motivo, ironicamente, é meu envolvimento com o tema. Ao contrario do que se pensa, é preciso manter certa distância emocional daquilo que se escreve. Assim como na vida, essa é a única forma de compreendermos tudo sobre o que se pretende.
De qualquer forma, é questão de tempo até escrevermos um Thordezilhas em Chambara. Antes, contudo, gostaria de fazer a nossa versão do Novo Mundo. Isso sim seria bem maneiro.  

Pra finalizar queria te agradecer por aceitar o convite e trocar uma ideia com este velho, te desejo toda a sorte que Moradin possa te dar meu amigo.

A honra é minha. Não é todo dia que se pode falar com tão valoroso guerreiro anão. Agradeço muito a oportunidade de explicar um pouco sobre nosso trabalho. Thordezilhas não existiria sem você que lê este artigo. Paz, Crescimento e Força. Oss!

AIIII Zukaaaa, mas eu nem sei o que é Thordezilhas. OO seu filhote de mula manca, se tu não sabe o que é clica aqui e fica sabendo Review Thordezilhas

Então é isso seus filhotes de uma goblin gorda, essa foi mais um entrevista feita pelo velho aqui, bom final de semana e bons jogos

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