segunda-feira, 27 de agosto de 2018

A Relíquia do Vale do Trovão



Hail seus barrigudos!!

                Então, pra tu que fica ai de nhe nhe nhe, que não sai aventura nova para Old Dragon, já deu uma olhada na nova aventura que vai atormentar suas mesas??
NÂO?? Então, tu ta perdendo seu bocó!!!
            
    Eu to falando da aventura quase cenário, A Relíquia do Vale do Trovão, sob autoria da Franz Andrade e da Elisa Guimarães.
             
   Esta é uma aventura de 1ª a 3ª nível, mas que vai exigir muita atenção dos teus jogadores. pq os perigos que espreitam estas terras são capazes de deixar as brumas de Ravenloft no chinelo.
               
Aproveita que está em pré venda, e além de ganhar um descontinho, tu ainda leva o pdf de grátis.

AIII ZUKAAAA, mas aventura de 3º nível?? É seu bobão, mas se tu não cuidar, esse teu guerreirinho ai ou maguinho, vão sofrer, e alguém terá que criar um personagem novoooo.

Resolvi contar para vocês em um breve relato como foi minha passagem por este lugar, e garanto a vocês, eu ainda era jovem, mas foi quando ganhei meus primeiros cabelos brancos.

Meu velho pai, o grande Zukathorin e Senhor da Montanha Mineral no Balneário de Cambor, sempre gostou de manter a relação com os parentes a mais próxima possível, mesmo que eles estivessem a quilômetros de distância.

Eu ainda estava em treinamento, e meu temperamento de pavio curto era um problema, mas enfim, meu velho resolveu num belo dia viajar até o Vale do Trovão, eu já tinha ouvido falar do lugar, a maioria dos guardas e soldados odiava ir para lá, voltavam exaustos e perturbados, demoravam semanas para se recuperar.

Eu fui chamado como um dos guardas da escolta como parte do meu treinamento, era uma viajem de 2 semanas, eu estava muito empolgado, um lugar novo e segundo os relatos, cheios de perigos, eu já havia passado por alguns, mas segundo meus camaradas nada seria igual a visitar o Vale do Trovão.

Viajamos por alguns dias, e sempre seguíamos o caminho nos guiando por enormes picos, sempre envoltos por nuvens de tempestade, que na maioria dos dias pareciam que os Deuses estavam dando algum tipo de festa dentro delas. A viajem até próximo ao vale foi tranquila, alguns batedores goblins, e bandidos, nada demais.

Ao longe eu já percebi o porquê do nome do lugar, os trovões pareciam canhões sendo disparados, muitas vezes não conseguíamos nem ouvir nossa própria respiração.

Subimos uma trilha íngreme por meio de rochas negras e escorregadias, do topo podíamos ver um enorme vale, cercado por uma cadeia de montanhas e no centro um lago, nossa primeira parada seria em Maral.

Descemos o caminho e seguimos a estrada lamacenta, paramos no final do dia para descansar, mas quem disse que isso era possível, desde que entrei no Vale, senti que estava sendo observado, tive sonhos com criaturas estranhas que muitas vezes me lembravam polvos ou coisas mais medonhas, e não fui apenas eu, um dos guardas correu aos gritos floresta a dentro, tivemos que o procurar por horas, mas infelizmente sem sucesso.

Antes do nascer do Sol, nosso patriarca ordenou que seguíssemos viajem, e assim fizemos durante um dia inteiro, até chegar a pequena vila. Ficamos em uma espelunca chamada Cão de Prata, e o taberneiro me dava arrepios, muito amigável e educado, o que me dava medo num lugar daqueles.

Ficamos dois dias ali, e tínhamos mais dois ou três pela frente até chegar ao Forte Profundo. Na vila ouvi histórias de jovens se afogando, de criaturas e espíritos que vagam a noite, pra mim nada mais do que contos para crianças tolas. Mas mesmo dormindo com um teto em minha cabeça, os sonhos continuavam, cada vez mais perturbadores.

 No segundo dia logo cedo partimos para o Forte, eu já estava farto dessa viajem, me prometeram emoção e até agora meia dúzia de goblins e um anão bêbado dando problemas. Bom, foi o que pensei, pois naquele mesmo dia, no final da tarde, quando nos preparávamos para acampar alguns dos guardas foram até a margem do lago buscar água, e relatam terem visto um vulto sobre a água, um dos soldados resolveu o seguir e não retornou. Meu pai ordenou que não ficássemos vagando sozinhos, e que não deveríamos mais procurar os que partiram.

Pouco tempo depois, Rubran, que havia sumido no primeiro dia dentro do Vale, retornou com os olhos esbugalhados, nu e falando em uma língua estranha. O pior de tudo é que eu já havia ouvido aquilo ante. Nosso clérigo tentou intervir, mas disse que aquilo se tratava de uma magia antiga, e que tinha a impressão que Moradin não conseguiria intervir.

Passamos a noite acordados devido aos gritos de loucura de nosso companheiro, e para ajudar, a chuva apertou de tal maneira que era difícil até mesmo de ver o caminho, mas tínhamos que fazer aquela entrega, e logo estaríamos seguros dentro do Forte. A chuva, o vento foram nossos companheiros durante todo aquele dia, a noite uma fina camada de névoa se formou.

Com a chegada da névoa, também chegaram criaturas que pareciam homens e mulheres, com as cabeças cobertas e os corpos nus. Nos atacaram com violência e com uma força sobrenatural, mesmo estando bem equipados e armados sofremos baixas, o pior de todos os momentos foi ver meu pai ser agarrado e arrastado por dois deles, corri o máximo que podia, mas fui agarrado enquanto levavam meu velho.

Nunca me senti tão desesperado e enfurecido, desferi um golpe tão forte contra um deles que o cabo do meu machado quebrou, enquanto a lâmina era enterrada em sua cabeça, a outra criatura tentou correr, mas me atirei sobre ela e comecei a socar, e percebi que usavam uma espécie de máscara, tentei faze-lo falar, mas ele só pronunciava palavras estranhas e coisas sem nexo, então apertei sua cabeça contra a coxa até sentir seu crânio esmigalhar em minhas mãos.

Agora eu estava sozinho, em meio a chuva, e com vários corpos a minha volta. Uma fúria imensa enchia meu peito, andei durante horas seguindo o rastro daqueles vermes, até chegar a uma pequena caverna, encontrei o martelo de meu pai jogado no chão, serrei meu punho em torno do cabo e entrei.

Era possível ouvir gritos e batidas de tambor, a luz de uma fogueira iluminava as paredes, meu pai estava amarrado de cabeça para baixo e prestes a ser sacrificado em algum tipo de culto. Não perdi tempo e corri o mais rápido que minhas curtas pernas podiam, eram pelo menos vinte contra um, abati o máximo que pude até chegar próximo do meu velho, aqueles debios pareciam assustados, então aproveitei para desamarrar o patriarca.

Juntos lutamos contra os que ainda tinham coragem, mas sem esperar que um deles iria ferir gravemente meu velho nas costelas, mesmo assim ele foi bravo o suficiente para lutar até derrubarmos o último deles e cair junto no chão.

Carreguei meu pai por dois dias até a entrada do Forte, peguei caminhos pela floresta e nos escondíamos nas pedras durante a noite, tive problemas com um ou dois wargs, mas nada grave.

Fomos recebidos por Neza, a princesa do Forte e clériga de uma tal de Shub, que rapidamente prestou os primeiros socorros. Ficamos ali por uma semana, fiz amizade com a jovem clériga, que nos instruiu a deixar o Vale o mais rápido possível e nunca mais retornar, e devíamos estar preparados para proteger o restante do Mundo fora do Vale.

                Após nos recuperarmos fomos escoltados até a cidade mais próxima fora do Vale, jurei a mim mesmo que nunca mais retornaria para lá, um lugar de loucos e claramente abandonado pelos Deuses.

                Já fazem alguns anos desde que fui ao Vale do Trovão, e jurei nunca mais retornar. Porém recebi uma mensagem de Neza, pedindo ajuda, dizendo algo sobre a loucura do irmão e do pai, e como eu gosto muito de confusão e de uma boa briga, estou pronto para encarar mais uma visita ao Vale do Trovão.

                Entao pequenos halflings, esse foi um breve relato da minha passagem pelo Vale, e agora pretendo retornar e viver novas aventuras, mas com um grupo de heróis que estejam prontos para viver tudo isso. Então aproveitem a pré-venda da aventura no site da RedBox Editora e vivam está louca jornada comigo, se forem corajosos o suficiente.


Até mais seus filhotes de uma goblin gordaaa e bom final de semana.


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