sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

A Floresta Sombria Parte - 2




Hail jovens goblins!!

               Demorei mas to aqui pra continuar a história dessa semana e te mostrar que aquela passagem pela floresta não precisa ser chata.


               Passamos o resto do dia ali, juntando tudo que poderia ser útil, água, alimento, sim pegamos água, encontramos uma fonte onde obrigamos o halfling e o goblin a provar antes; quanto a comida caçamos alguns coelhos e esquilos, eu ainda tinha um pouco de sal, então salgamos a carne, o que a faria durar mais tempo.

               A Elfa não era muito falante, só nos contou o necessário, que nessa floresta tinha um reino élfico que mantinha as criaturas das Montanhas Nebulosas afastadas dos outros lugares, mas tanto eu quanto meus camaradas anões achamos estranhos isso, éramos de montanhas e cidades anãs próximas, e nunca tínhamos ouvido falar de um reino élfico por essas bandas, mas nossas cabeças estavam bagunçadas devido aos problemas dentro da floresta e deixamos aquilo de lado.

               Andamos 2 dias com a elfa, a floresta agora parecia estar mais estranha ainda, dentro da floresta o dia passava normal, mas ao invés dos animais retornarem, ficou cada vez mais difícil de velos e ouvi-los, nem a água parecia fazer barulho; até mesmo um Troll passou por nós, acenou com a cabeça, e retornou a sua caverna, eu nunca vi uma porra dessas, UM MALDITO TROLL ACENAR COM A CABEÇA E VOLTAR PARA DENTRO DA CAVERNA. Tinha alguma coisa muito errada ali, ou eles conheciam a Elfa ou estavam gratos por termos acabado com a Bruxa, mas os pelos da minha orelha coçavam e quando isso acontece hãã, vai dar merda.

               A Elfa prometeu nos levar até a borda da floresta para que pudéssemos deixar aquele lugar, na manhã do terceiro dia de viagem, eu já estava de saco cheio daquele lugar, o odiava cada vez mais, mas ao que parecia estávamos realmente chegando a algum lugar. Caminhamos quase a manhã toda até chegarmos em um lugar com cheiro de bunda de orc, sentíamos um cheiro nauseabundo, o ar era pesado, as árvores estavam cobertas de teias espessas e grossas, aquilo era difícil de cortar e grudava por toda parte.

               Ela insistiu disse que por ali era o único caminho para a saída da floresta, então seguimos em frente em meio as teias e aquele cheiro de morte. No meio de uma pequena clareira começamos a ouvir uma canção doce e suave, nossos corpos ficaram moles, parecia que carregávamos uma mula em cada uma das pálpebras, um à um, caímos no sono, lembro de ver a elfa caindo por último. Durante o sono me senti livre, até que senti que estava rodando e ficando cada vez mais apertado, acordei com uma forte dor no meu nariz, quando abri os olhos o maldito goblin estava esmurrando minha cara, vi Mullera erguendo seu martelo e arrebentando uma aranha enorme fazendo jorrar uma gosma esverdeada para todo lado, levantei o mais rápido que pude peguei minhas armar e parti para a luta.

               O halfling havia sumido, o bárbaro e Sergiram estava ainda apagados, a única coisa que mantinha as aranhas longe dos dois era Mulleran que golpeava as aranhas ferozmente, corri para o lado de meu antigo mestre, o goblin tentava passar por três aranhas que pareciam cercar algo, e quando percebemos o genial halfling tinha se enfiado embaixo da capa de inviabilidade e entrou no meio das três criaturas, e agora o goblin e o mago tentavam resgatá-lo. O mago num surto de desespero lançou a única magia que lhe restava, estivou os dedos, e seus lábios pronunciaram palavras mágicas que fizeram seus olhos brilharem como a mais pura chama, uma esfera flamejante saiu de seus dedos e voou por cima das aranhas, explodindo em uma das árvores, a explosão acertou as aranhas, mas também fez com que as teias, folhas e galhos secos ardessem em chamas.

               A batalha já estava difícil e agora tínhamos que lidar com o fogo que se alastrava rapidamente, por sorte as duas belas adormecidas acordaram e após uns instantes sacaram suas armas e vieram nos ajudar, tentamos empurrar as aranhas para o fogo, mas elas pareciam estar encantadas, por que mesmo queimando continuavam a avançar para cima de nós, ao mesmo tempo que desciam várias das árvores. O Goblin e o Halfling estavam em apuros, pois o pequeno de pés peludos se enfiou dentro do saco sem fundo na tentativa de se esconder das chamas, só que ele não contava que um enorme tronco seco fosse cair em cima de uma das aranhas esmagando ela bem em cima do saco.

               O pobre goblin estava desesperado tentando salvar os companheiros, mas as chamas eram fortes demais e ainda tinham duas aranhas entre ele e a sacola mágica, o bárbaro correu para ajudar os dois pequenos, brandiu seu machado em um movimento de meia lua de baixo para cima com tanta força que lançou uma das aranhas direto nas chamas, Mulleran resolveu reerguer as aranhas mortas em nosso favor, o que foi de grande ajuda pois agora as aranhas atacavam umas às outras o que deixou espaço para resgatar o pequeno cabeça de vento de dentro do saco.

               Ragnar golpeou o tronco até arrebentá-lo, chutou a carcaça da aranha para longe e o goblin tentou pegar a sacola mágica, mas sofreu queimaduras sérias em uma das mãos, como o fogo era parte mágico, parte do saco estava queimada e se desfazendo o que acabaria deixando nosso pequeno mãos leves preso para sempre, o goblin sacudiu o saco, enfiou a mão dentro até conseguir puxar o halfling de seu interior.

               Conseguimos acabar com as últimas aranhas, mas o fogo continuava a se espalhar pela floresta, Ragnar tentou pegar a elfa, que com apenas uma das mãos o jogou para trás, ela levantou rindo e desdenhando de tudo que havia acontecido, passou aos mão sobre o rosto e o cabelo e se revelou uma Drow, mas não uma drow qualquer, era uma driader, uma sacerdotisa que atingiu quase que seu limiar de poder total em servidão a Arak-Tachna.

               Ela se transformou rapidamente em uma coisa metade drow, metade aranha, reivindicou nossas cabeças por termos matado suas crias. Estávamos exaustos, feridos, estamos prontos para sermos mortos, quando o halfling sacou sua espada curta e invocou uma sombra para enfrentar a Driader, mas ele não contava que existia uma chance de a sombra se voltar contra ele e foi justamente o que aconteceu.

               Agora além de enfrentar uma Driader, tínhamos uma sombra para enfrentar, nossos ataques eram praticamente inúteis contra a criatura, o mago então resolveu lançar seu último feitiço, afim de enfraquecer e paralisar a drow, foi por pouco que a criatura não resistiu ao feitiço, aproveitamos aquele breve momento para correr, o mais que nossas pernas podiam; após correr alguns minutos percebemos que a sombra corria atrás de nós e iria entregar nossa localização, então obrigamos o halfling a abandonar a arma, e assim que o fez a sombra parou sobre a lâmina e ali ficou.

               Nos escondemos atrás de uns arbustos que cresciam sobre as pedras, ficamos imóveis quase sem respirar, a bruxa drow se aproximou. - Eu sei que estão aqui, eu sei tudo desta floresta, vocês pagarão pelo fogo e pela morte de minhas crias, seu papel era simples, morrer e as alimentar, agora terei o prazer de cortar suas gargantas. Ela abaixou e pegou a lâmina amaldiçoada, ficou intrigada com aquilo e acabou invocando uma cópia.

               O que ela não contava era que a cópia seria idêntica a ela e por nossa sorte a espada deveria estar de mau humor aquele dia, pois a cópia partiu com ferocidade para cima da driader, as duas entraram em uma batalha feroz, lançavam magias e golpes para todos os lados, não sabíamos o que fazer, se ajudávamos a cópia ou se corríamos dali, quando eu e meus camaradas resolvemos que deveríamos acabar com aquilo naquele exato momento, ambas se golpearam bem no meio do peito, a criatura cambaleou a sombra sumiu, sabíamos que aquele era o momento, Sergiram, Mulleran e Eu, corremos golpear as enormes pernas de aranha da criatura, os dois ladrõezinhos atiravam flechas como loucos contra o peito da criatura, Ragnar com toda sua fúria golpeou a cabeça até parti-la ao meio.

               No exato momento em que a criatura deu seu último espasmo, uma fumaça negra a envolveu rodopiou em torno de seu corpo como se todo o mau que cercava a floresta estivesse fluindo para aquele ponto, a fumaça negra girou como um redemoinho e explodiu, nos jogando para longe. Naquele exato momento o coração do clérigo sentiu um alivio, o mau que impregnava cada canto da floresta tinha sumido.

               Enquanto nos levantávamos e averiguávamos se estávamos todos inteiros, o troll que encontramos no caminho vinha em nossa direção, então empunhamos as armas e ele fez sinal que estava desarmado, apontou para a direita, e percebemos que a trilha agora estava ali ao lado, corremos em direção a trilha e após algumas horas de caminhada estávamos fora daquela maldita floresta e agora o caminho era em campo aberto até o pé da montanha.

Então meus pequenos pimpolhos, foi assim que acabamos com essa maldita vagabunda da floresta, tiveram mais coisas que a minha cabeça velha não lembra, mas eu espero ter ajudado aqueles que acham viagens por floresta um pé no saco.

Se tu gostou fala ai embaixo e quem sabe eu te conto mais algumas histórias como essas.

Até mais seus filhotes de uma goblin gorda e bom final de semana     

3 comentários:

  1. QUE MASSA VEI !!!! Eu nem esperava uma driader . Para mim a elfa era na verdade uma bruxa velha que comandava a floresta . MUITO FODA SUA AVENTURA MER IRMÃO !

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    1. Valeu meu jovem, as coisas nem sempre são o que parecem nesse nosso mundo doido

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  2. Muito legal, Zuka!!! Faça mais contos, por favor!!! :D

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