Hail
jovens!!
Essa semana enquanto bebericava uma
cerveja e jogava conversa fora, lembrei de uma das coisas mais loucas, que já
vi um idiota sabichão fazer. Se tu não sabes existem criaturas que por natureza
ou por magia, sofrem alterações em sua biologia e por isso todo cuidado é
pouco.
Tudo começou com minha passagem por
Hallvrenn, uma cidadezinha de tamanho considerável, com pessoas agradáveis e um
belo punhado de aventura em sua volta. Eu já estava na Taberna Joelho de Porco
a uns dias, consegui juntar uns bons trocados realizando pequenos serviços, que
estavam fixados no mural do lugar. A cidade era movimenta sempre com entra e
sai de aventureiros e viajantes, na sua maioria jovens guerreiros e magos em
busca de dinheiro e fama.
Por volta do terceiro ou quarto dia,
um grupo metido a sabichão chegou até a taberna fazendo muito barulho e falando
sobre seus grandes feitos e aquilo tudo soavam como belas mentiras, era visível
que eles mau tinham enfrentado um ou dois grupos de goblins. Para minha sorte,
aqueles bostinhas passaram o dia todo ali, desdenhando dos serviços, mas
consumindo as coisas mais baratas e barrelas do lugar.
No final da tarde o prefeito
entrou as pressas pela porta, todo esbaforido e com um pedaço de papel nas mãos,
mal entrou e já chegou anunciando uma bela quantia de dinheiro para a pessoa ou
grupo que resgatasse sua filha das mãos do troll Anglorsh, Olhos Vermelhos. Eu
sabia que era uma boa oportunidade de fazer um belo pé de meia e vazar dali.
Ninguém se prontificou e alguns apontaram em minha direção, então me
prontifiquei a pegar o serviço, mas aqueles merdinhas resolveram arrancar o
papel das minhas mãos e querer o serviço, o próprio Prefeito percebeu a
inexperiência e resolveu que todos fossemos juntos, o que obviamente eu amei a
merda da ideia.
Eles estavam em três, um
guerreiro, um mago e um ladino, que obviamente não tinham ideia nenhuma de como
preparar as coisas para um serviço desses, deixei claro que sairia antes do Sol
nascer, mas como era obvio os primeiros raios de luz surgiram no horizonte e
nada deles, então eu e minha companheira de quatro patas partimos.
Já passava do meio dia, eu
estava sentado na sombra de uma bela árvore na beira da estrada, já fazia mais
de uma hora, sabem como é depois do almoço bate aquela preguiça. Eu já estava
levantando para ir embora quando a Nick (minha bulldog) ouve algo se
aproximando e fica em alerta, adivinhem quem era? Os três patetas, vinham
falando alto e fazendo um puta barulhão. Quando me encontraram não perderam
tempo em falar que deixei eles para traz, que eu queria o dinheiro só para mim
e blá blá blá. Continuei a arrumar minhas coisas para seguir em frente.
Andamos mais algumas horas,
enquanto eles falavam bobagens, eu já tinha perdido a paciência em pedir para
falarem mais baixo pois aquela era uma região não muito segura, mas obvio que
os merdinhas nem ligaram, então me restava imaginar como cada um deles
morreria, se seriam lobos, goblins, orc’s ou até mesmo picados por vespas
venenosas.
Não demorou muito para as
conversas atraírem a atenção de batedores em meio a floresta, eu já tinha
percebido que estávamos sendo seguidos, só tive tempo de chutar a perna do
guerreiro e derrubar ele no chão e evitar que fosse atingido por um dardo, mas
ele como um jegue que era nem percebeu, e os três patetas resolveram atacar eu
e minha companheira, mas nem chegaram perto de realizar o primeiro ataque, pois
goblins liderados por um orc, saltaram dos arbustos e vieram pra cima da gente.
Nick já havia percebido a
emboscada e pulou logo no pescoço de um dos goblins, não dando nem chance para
que ele revidasse, ao mesmo tempo em que joguei meu martelo, que passou
raspando ao lado da cabeça do mago e acertou em cheio a cara do orc, os 3
palermas ficaram paralisados enquanto nos dois escorraçávamos aqueles bichos
imundos.
A batalha durou pouco, pois
eram apenas quatro atacantes, o bom é que consegui umas orelhas de goblins para
vender. Depois daquilo os panacas resolveram viajar quietos, mas nem sequer um
pedido de desculpas eu recebi, algumas vezes o guerreiro tentava me pedir dicas
de combate e falava como tinha ficado impressionado em ver a luta e que não
ajudou pois queria ver meus movimentos e como eu iria me virar sozinho.
No final do dia nos
aproximamos da tal caverna onde supostamente Anglorsh mantinha a filha do
prefeito presa, decidi fica mais afastado e esperar o amanhecer e quem sabe
resgatar a menina sem a necessidade de uma batalha contra um troll, que
geralmente são um saco de enfrentar. Mas para variar os três patetas já bolavam
mil planos de como invadir a caverna e acabar com a raça do troll, perguntei se
já tinham visto um troll, responderam que já e que inclusive sabiam o segredo
para derrotar eles rapidamente e que não iriam me contar. E eu pensei NOSSAAAAA
que superinteligentes vocês são.
No meio da noite fui acordado
pela escudeira, os três retardados resolveram entrar na caverna sem mim e muito
antes do combinado, corri o máximo que pude, mas eles já haviam entrado. Entrei
com calma com meu machado e martelo em punho, a Nick percorria o caminho se
escondendo nas sombras do lugar, tudo estava relativamente quieto, o que
parecia bom e indicava que ainda não tinham acordado o troll, passei por
algumas salas que pareciam dispensas com um monte de coisas entulhadas que
talvez valeriam a pena uma boa olhada.
Meu alivio durou pouco, quando
chego no que parecia a câmara principal, vejo o ladino sendo jogado contra a
parede como um saco de batatas, o troll era enorme e tinha algo diferente nele,
a criatura andou até o corpo inconsciente e pisou na cabeça do jovem até seu
crânio esmigalhar embaixo dos seus pés. Os outros dois ficam atônitos e em
choque, ficaram parados, enquanto o troll ia pra cima deles, eu corri e lancei
meu martelo em direção a cabeça da criatura, e me lancei contra seu peito
desferindo um ataque com meu machado, Nick foi em busca da jovem, que estava
presa com cordas atrás de uma pedra.
Berrei para pegarem a menina e
correrem enquanto eu atrasava a criatura, mas infelizmente o guerreiro acendeu
uma garrafa de óleo criando uma mini bomba incendiaria, berrei para não jogar
pois aquele não era um troll comum, era uma cria das chamas, a cor dos seus
olhos ardia como o fogo e sua pele tinha um tom escuro de vermelho quase preto,
ai então entendi o porquê de Anglorsh, Olhos Vermelhos. Mas infelizmente não
deram a mínima para o que falei, enquanto ele lançava a garrafa eu corri. O
óleo cobriu o corpo do monstro de fogo, mas também iniciou um incêndio
queimando os panos velhos dentro da caverna, eu agora só queria saber da garota
e da minha fiel amiga.
Para meu desespero ambas
estavam entre o troll e as chamas.
Até
mais jovens filhotes de uma goblin gorda e na próxima semana a continuação.
Gostei muito
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