Haa
Ficou a semana toda esperando
a continuação? Pois é tive uns imprevistos e não consegui postar antes.
Se tu caiu aqui nesse conto
agora, te recomendo a ler a primeira parte:
As chamas já tomavam conta de
toda a caverna, devido à grande quantidade de tecidos e todo tipo de porcaria
que o Troll tinha amontoado. As chamas consumiam o corpo da criatura enquanto o
Mago e o Guerreiro gritavam alegremente para que ela queimasse até a morte, eu só
queria resgatar a menina e minha amiga.
Eu corria de um lado a outro
procurando algo que me permitisse passar pelas chamas e resgata-las, então em
um dos cantos do corretor encontrei cobertores velhos e fedidos pa caraleo e um
jarro de água. Ensopei os cobertores e me enfiei dentro deles, então cruzei as
chamas e procurei um caminho mais fácil para passar pelo troll que se debatia
enquanto grandes bolhas borbulhavam em suas costas e por todo corpo. Encontrei
um caminho quase sem chamas, cheguei até elas e coloquei a menina nas costas da
Nick, as cobri com as cobertas e corremos até o corredor, o fogo já se
alastrava por parte dele.
Quando estávamos prestes a
sair para uma parte segura e percorrer o resto da caverna até a floresta, a
criatura desembestou em uma corrida frenética em nossa direção, para a surpresa
de todos, enormes braços brotavam de suas costas. como uma enorme massa
disforme que ganhava vida. Dei um tapa na bunda da minha companheira e mandei
ela correr o máximo que podia e assim ela o fez, mas para piorar a situação o
guerreiro obrigava o mago a usar um pergaminho de alguma maldita magia.
Enquanto a Nick corria para
fora da caverna, foi surpreendida pela magia do Mago, uma muralha de chamas nos
trancando na única parte onde não havia fogo, mas estávamos junto de um troll
puto de raiva com quatro braços e a essa altura quase 3 pernas, eu sabia que se
saísse com vida dali eu iria matar aqueles dois, ninguém iria saber mesmo quem
foi.
Anglorsh já tinha nos alçando,
agora éramos eu, a Nick e ele, que movimentava seus enormes braços, incluindo
os das costas, vorazmente tentando acertar tudo que era possível, por sorte a
perna sobressalente que lhe crescia como uma calda, limitava um pouco sua
locomoção o deixando mais lento, o que me permitiu desferir bons golpes em suas
pernas o deixando mais debilitado. Precisávamos sair dali rápido, a fumaça
começava a nos sufocar e a queimar nossos olhos, mas em um ataque certeiro
minha companheira cravou suas presas na garganta da criatura arrancando-lhe a
traqueia, o que fez o troll cair agonizando no chão e nos permitiu correr para
fora dali.
Eu gritei ferozmente para que
o mago removesse a barreira, era possível ver uma ondulação na magia como se
ela quisesse se dissipar, aos poucos uma brecha surgiu por onde foi possível
ver o Guerreiro socando o mago e o derrubando ao chão. Corremos novamente,
enquanto cruzávamos o caminho o infeliz do guerreiro acendia novamente uma
bomba incendiária, arremessei minha marreta contra ele, mas infelizmente errei.
Só tive tempo de pegar o mago
caído no chão e puxa-lo para fora da caverna enquanto ouvia uma explosão atrás
de mim. Na parte de fora convoquei o Racha Crânios que voltou para minhas mãos,
olhando o fogo arder dentro da caverna foi possível ouvir um grito abafado,
Anglorsh saiu caminhando em chamas, segurando o guerreiro pelo pescoço que se
debatia desesperadamente, a criatura abriu sua bocarra e rachou a cabeça dele como
se fosse uma noz velha, o sangue lhe escorria pela boca em meio a um sorriso
macabro.
Para minha surpresa, os braços
e a perna em suas costas agora já haviam se transformado em outro Anglorsh,
grudados por uma fina camada de pele, como irmão siameses, mas ainda
desengonçados, pois a regeneração ainda não estava completa a ponto de poderem
ser separados.
Eu precisava de água, muita água,
enquanto um troll normal teria morrido realmente na primeira bomba incendiária,
uma cria das chamas surge quando um elemento mágico afeta seu nascimento,
provavelmente Anglorsh deve ser a pequena parte de um troll que sobreviveu a
alguma magia de fogo, e agora preciso do elemento que destrói isso, mas estou
no meio da floresta e até onde sei não existe a porra de uma nascente por
perto. Outra alternativa seria destruí-lo de uma única vez, sem deixar tempo
para se recompor.
O mago estava abalado, a
menina não seria de ajuda alguma, então seria eu e a bulldog a resolver essa
porra. Lancei o martelo bem no meio da fuça dele e consegui quebrar seu nariz, o
deixando bem irritado, enquanto a minha fiel amiga lhe mordia bem na virilha,
fazendo com que ele caísse de joelhos num urro infernal, infelizmente também
lhe permitiu enfiar suas garras na face dela, arrancando seu olho direito. Fiquei
puto de raiva e usei toda a carga elétrica do rasga bucho afim de tentar fazer
ele ficar paralisado tempo suficiente para que pudéssemos fugir.
Quando lancei o machado ouvi
um chiado enorme e um clarão que me deixou cego e surdo por alguns instantes
devido à explosão, para minha surpresa o Mago estava de pé e envolto por
pequenos raios que circulavam seu corpo e ao seu lado a jovem, ambos pareciam
envoltos por um enorme poder arcano. Eu juro que fiquei sem entender merda
nenhuma.
Quando recuperei os sentidos,
ambos já haviam cuidado dos ferimentos da Nick, e recolhiam pequenos pedaços
chamuscados e inertes de Anglorsh. O Mago me explicou que ele fazia parte de
uma Ordem Arcana que treinava jovens com aptidões mágicas, incluindo a menina,
que tinha a tarefa de recolher amostras de pele do Troll para que eles entendessem
como a magia se ligava as criaturas mudando sua natureza. Na verdade, ele se
fez de inexperiente e aproveitou a oportunidade de encontrar os outros dois
tontos e os usou como desculpa para encontrar a garota.
O prefeito na verdade teve sua
mante controlada para me procurar na taverna devido a minha experiência, pois
um dos jovens que estudou na Ordem Arcana, me indicou para Albur o mago do
grupo. Eu me senti tão puto que dei um soco no estômago dele, seguido de uma
risada, porque no fim das contas tudo aquilo foi muito divertido, pena que
custou o olho da minha amiga.
Então jovens, esta foi a
segunda parte do conto, espero que tenham gostado e tenham entendido que nem
sempre as criaturas são como imaginamos.
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Até mais e boa semana seus
filhotes de uma goblin gordaaa
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