segunda-feira, 23 de abril de 2018

O Anão e o Porquinho




Hail meus jovens

               Eu sei que ando meio sumido, mas é por uma boa causa, to planejando umas coisas bem legais para vocês e vamos ver se vai dar certo.

               Mas só para não perder o costume vamos começar a semana com uma história, e essa é de quando eu encontrei meu Java porco de estimação, o Cheiroso.

               Isso foi lá para as bandas das Encostas Sombrias, um lugar onde a luz do Sol, nunca ilumina em nenhum horário do dia e em nenhuma época do ano, o lugar até parece ser sido planejado dessa maneira, porque não importa o ângulo do Sol durante o ano, um lado da montanha sempre terá sombras.

               Eu e mais dois companheiros estávamos a dias andando em trilhas íngremes, seguindo o rastro de cultistas que haviam roubado uma adaga mística, que segundo as lendas poderia ser usada para retirar a alma de um corpo e colocar qualquer outra alma em seu lugar, inclusive a de um semi Deus ou um até de coisas mais poderosas. Até onde sabíamos, os cultistas queriam trazer de volta um semi Deus lunático, que tinha planejado ascender ao poder e moldar o mundo a sua maneira, mas a adaga foi usada para banir sua alma e somente ela poderia trazer ele de volta.

               Subimos até quase o topo da montanha, estávamos dando a volta em uma trilha que levava até o lado iluminado da cordilheira, buscávamos uma caverna que deveria estar cheia de luz do Sol, o que daria poder a adaga. Quando chegamos próximos a entrada, o ladino do grupo me atacou pelas costas me jogando montanha abaixo, a última visão que tive foi ele apunhalando o mago. Eu devo ter descido rolando uns 20 metros até bater a cabeça em uma pedra e ficar desacordado.

               Acordei sei lá quanto tempo depois, estava dentro de uma caverna com um filhote de porco em cima do meu peito lambendo meu rosto, a uns dois metros estava um homem enrolando em uma manta suja de sangue, aquela roupa me era familiar, me aproximei tonto e com um dor do caralho na cabeça, quando toquei no ombro do homem ele caiu sem vida devido ao ferimento nas costas, era  Raster o Mago, ele deve ter conseguido usar alguma de suas magias e fugiu, por sorte me encontrou e me trouxe para cá, agora só fica a dúvida de onde diabos saiu esse porco, pelo menos é uma fonte de bacon grátis caso eu precise.

               Fiquei alguns dias dentro da caverna até me recuperar, comi o que encontrava e deixei o bacon para um caso de emergência, até porque ele me seguia o tempo todo, acho que eu estava tão fedido que ele devia achar que eu era a mãe dele. Eu estava decidido a subir a montanha e ver se aquele filho de quenga ainda estava lá, e se estivesse eu iria acabar com ele.

               Amarrei o porco dentro da caverna, afinal de contas, ele seria minha comida de volta até a cidade mais próxima. Sai bem cedo antes do Sol nascer, o caminho seria difícil, mas até o final do dia eu pretendia estar na caverna. Subi a trilha até o ponto onde fomos traídos, o sangue de Raster estava no chão, a visão da traição encheu minha mente e aquilo me encheu de fúria, peguei meu martelo e meu machado e corri para a entrada da caverna.

               Na entrada da caverna estavam dois cultistas fazendo guarda, e não tive muita dificuldade em rachar suas cabeças. A caverna é praticamente um corredor, não possuía entradas e nem curvas, o lugar se enchia com a luz do pôr do Sol, no fundo havia um altar, Albert (o ladino fdp), estava deitado prestes a servir como sacrifício, sem pensar atirei meu martelo contra o cultista acertei seu peito em cheio deixando ele sem ar, no mesmo momento Albert em um salto fica de pé e lança uma de suas adagas, e o desgraçado consegue fincar ela no meu ombro, mas minha fúria e ódio eram tão grandes que nem senti, e parti para cima dele.

               Minha fúria cegava alguns de meus movimentos, e levei vários golpes do filho da mãe, e por azar havia uma entrada secreta, de onde saíram mais dois servos para ajuda-lo, por sorte meu machado Rasga Bucho tem uma lâmina infalível e em apenas alguns ataques consegui dar cabo deles, mas ao custo do movimento do braço atingido pela adaga, o que dava uma grande vantagem ao ladino. Lutamos duramente, e consegui atingi-lo com bons golpes, tanto que ele mal se movia, o sangue lhe escoria da boca, consegui atingir uma de suas pernas e assim o deixando de joelhos, quando me aproximei para terminar o que comecei, o cultista que eu havia atingido com o martelo me segurou pelas costas tentando me estrangular, o que deu tempo para Albert desferir um último golpe em mim.

               Ele se aproximou mancando e com um sorriso sinistro nos lábios, quando ele ergue sua adaga para me apunhalar, solta um grito de dor agoniante e passou a segurar suas bolas, vi algo pendurado nelas, era o meu bacon ambulante que de alguma forma se soltou da corda e veio mastigar as bolas de Albert e salvar minha pele. Com o grito, consegui me desvencilhar do cultista, arrancando o martelo de sua mão e rachando sua cabeça como um melão. Me aproximei do filho da mãe que ainda agonizava no chão com as mãos no saco, me aproximei, pisei em suas bolas com toda a força até que desmaiasse e simplesmente o joguei da montanha, assim como fizera comigo, mas me certifiquei de jogar em um lugar sem trilhas, somente uma queda livre de centenas de metros.

               Recolhi a adaga e tudo que pude carregar, me certifiquei de derrubar a caverna e me assegurar que aquele local jamais fosse usado novamente. Descei a trilha até onde estava  o corpo de Raster, a adaga tinha o poder de tirar almas e devolver a vida e porque não devolver a vida a quem a perdeu injustamente, ela tinha recebido uma última carga do Pôr do Sol, então a enfiei no peito do mago, um clarão de luz encheu o lugar, meu amigo deu um suspiro e com ele sua última frase: - Nada que volte dos mortos é algo bom, mesmo que as intenções sejam boas, me deixe descansar, já cumpri meu papel aqui, e esconda essa adaga em um lugar que somente você saiba onde está.

               Ele entendia melhor do que eu os poderes mágicos do artefato, e ninguém melhor que ele para ser o guardião, até mesmo porque só eu sei onde fica o lugar, e claro, agora meu porco de estimação.

               Anos se passaram e ainda me pergunto se o lugar está seguro, a única coisa que não entendo até hoje é de onde saiu esse porco, que agora anos depois eu vejo que não é um simples porco, é um java porco, um ótimo companheiro e montaria, e por ter um sutil cheiro de bacon recebeu o nome de Cheiroso.

               Então meus jovens, curtiu a história? Então deixa um comentário ai, ou lá no face e me fala se tu quer saber mais das minhas histórias, ou aproveita e descobre se alguém roubou a adaga e eu não fiquei sabendo, e agora vocês tem que impedir que a usem para algum fim nefasto.

AIII ZUKAAAAA, mas qual teu face mesmo?? OOO seu filhote de gambá ta ai do lado ja o face é so tu clicar e curtir seu ze orelha.

Até mais meus jovens filhotes de uma goblin gorda e boa semana.

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